A rigidez do horário fixo nas empresas vem cedendo espaço a formas de trabalho mais autônomas e otimizadas. Uma das modalidades a quebrar o paradigma da jornada diária tradicional, das 8h às 18h, de acordo com a ABRH-SP, é o microshifting, que propõe dividir o tempo dedicado às tarefas profissionais em microturnos, ou blocos curtos organizados em diferentes momentos do dia para atender a necessidades pessoais do colaborador, como estudos e responsabilidades familiares.
Um dos benefícios mais valorizados pelos trabalhadores na atualidade é a possibilidade de realizar tarefas com flexibilidade de horários. Segundo o relatório State of Hybrid Work 2025, realizado pela Owl Labs, 65% dos profissionais que trabalham em escritórios afirmam valorizar organizações que flexibilizam a jornada.
O microshifting propõe a realização de atividades em microturnos. Nessa modalidade, o profissional pode, por exemplo, iniciar seu trabalho logo pela manhã, pausá-lo para frequentar um curso e retomar as atividades à tarde para concluí-las após o jantar.
A mudança, na avaliação da ABRH-SP, vai além de reorganizar os microturnos de trabalho. Exige, sim, uma redefinição do pacto de confiança entre lideranças e equipes.
Recursos de IA e agendas inteligentes já permitem sincronizar microturnos para otimizar as tarefas. No entanto, segundo a ABRH-SP, seja nas formas remota, híbrida ou presencial, é preciso que os líderes gerenciem resultados, e não meramente o tempo de trabalho.
Na implantação do microshifting, é fundamental estabelecer regras claras de comunicação para que a flexibilidade na jornada de trabalho contemple a realização eficiente das tarefas e a produtividade.
De acordo com a ABRH-SP, diante de um ambiente de mudanças, como é o universo do trabalho, as empresas são desafiadas a rever estratégias e aprimorar as modalidades produtivas, justamente para construir culturas organizacionais mais humanas, inovadoras e sustentáveis.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRH-SP (22, dezembro de 2025)